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Yamaha YZF-R1


A cultuada superesportiva está totalmente nova, trazendo a experiência das pistas e também as dicas do heptacampeão mundial de motociclismo Valentino Rossi, piloto da categoria MotoGP.

A começar pelo motor, um dos itens mais importantes neste segmento onde desempenho é tudo. Quando trocou a Honda pela marca dos diapasões, Rossi quis que o motor de cinco válvulas por cilindro fosse aposentado. Pedido concedido. A sua Yamaha M1 de competição adotou quatro válvulas por cilindro. Essa opção chega agora às motos de rua.

O motor manteve o mesmo diâmetro e curso (77 x 53.6mm), mas todo o resto é inédito. Além do cabeçote de quatro válvulas e um novo desenho da câmara de combustão, a grande novidade fica por conta do duto de admissão variável, chamado de YCC-I (Yamaha Chip Controlled Intake).

Solução já utilizada em carros esportivos, chega pela primeira vez em uma moto de série. Trata-se de um sistema que controla eletronicamente o comprimento do duto de admissão, feito em resina plástica, de acordo com a rotação do motor. A equação é a seguinte: um duto maior oferece melhor desempenho em baixas rotações, já um duto menor garante alimentação para o motor em altas rotações. Com isso, a Yamaha R1 deve ter o motor sempre cheio. As maravilhas da eletrônica em ação.

Tudo isso controlado pelo piloto instintivamente, por meio do acelerador sem cabos, agora eletrônico – chamado de ride-by-wire nos carros, e do YCC-T (Acelerador Yamaha controlado por Chip). Esse conjunto garante, na R1 2007, maior precisão nas acelerações.

Outra novidade é a embreagem anti-bloqueio, tecnologia oriunda das pistas. Sem falar nas entradas de ar mais eficientes, que também contribuíram para melhorar a admissão, e nos escapes que facilitaram a exaustão, etc.

Para quem é prático e gosta de números: o resultado desse novo motor são 5 cv a mais, agora o motor de quatro cilindros em linha da R1 2007 oferece 180 cv a 12.500 rpm – isso sem contar a indução direta de ar que funciona apenas em altas velocidades e faz com que o motor produza 189 cv!

Ciclística

Não só o motor beneficiou-se das dicas de Rossi, o quadro também. Inspirado na M1 do campeão, o novo quadro Deltabox recebeu mudanças para “suportar” o novo motor mais potente. Com a rigidez reforçada, ele oferece, segundo a marca, uma melhor maneabilidade, mais precisão nas curvas e estabilidade em altas velocidades.

A balança traseira é agora assimétrica para garantir uma melhor tração na roda traseira. Com uma rigidez contra torções 30% maior que a versão 2006, ela promete manter a roda no chão nas saídas de curvas.

O sistema de suspensão também foi redesenhado com um novo amortecedor na traseira – totalmente ajustável. Na dianteira, um garfo invertido (upside-down) de 43 mm de diâmetro ganhou novos ajustes e está mais rígido.

Para completar a ciclística e parar esse canhão, a Yamaha mudou também os freios dessa quinta geração da R1. Na dianteira, as rodas trazem dois discos de 310 mm de diâmetro – 10 mm menor que a versão 2006 –, mas com pinças radiais mais potentes, de seis pistões, oferecendo assim uma frenagem mais progressiva e controlada.

Design

Apesar de não ser muito diferente visualmente, o design da carenagem foi modificado visando maior desempenho. Projetada em um túnel de vento, o novo desenho privilegia a indução direta de ar – espécie de turbo natural que entra em funcionamento quando a moto atinge altas velocidades. Para se ter uma idéia, quando entra em ação essa indução de ar pode gerar mais 9 cv de potência. Daí vêm os 189 cv de potência máxima declarados.

O habitáculo do piloto não sofreu grandes mudanças, mas convenhamos: com tanta novidade por baixo da carenagem, nem precisava. Esteticamente, os escapamentos estão mais ovalados, melhorando, segundo a fábrica, a exaustão de gases. Lembrando que a superesportiva atende às rígidas leis anti-poluição das normas Euro-3. A rabeta também mudou, seguindo a tendência atual de separar o suporte de placa e piscas da lanterna traseira.

A Yamaha YZF-R1 já está disponível nas concessionárias apenas na cor azul. A superesportiva tem um ano de garantia sem limite de quilometragem e preço público sugerido, posto Guarulhos, São Paulo, de US$ 29.181, ao dólar comercial do dia.